terça-feira, 10 de julho de 2012

Keep calm and watch... THE HELP!!!



Domingão já é um dia deprê que só ele, né?! Se ficar assistindo àqueles canais de sempre, corto os pulsos surto de vez!! 
Aí, aproveitei a companhia gostosa da minha super amiga Formiga V., e assistimos a um filme bacaninha. Aliás, sugestão da minha afilhada Formiga B.

A estrela da vez foi o The Help (versão em português: Histórias Cruzadas).

Vamos a sinopse formal do filme.




"Em Mississippi, nos anos 1960, Skeeter é uma jovem da alta sociedade que retorna da faculdade para casa determinada a se tornar escritora. Para seu livro, ela decide entrevistar babás e empregadas negras da vizinhança, começando por Aibileen, com quem desenvolve uma forte amizade, e depois com Minny, que acaba de ser demitida. À medida que avança nas entrevistas, Skeeter se dá conta das diferenças que a separam das mulheres negras. Ao publicar esses relatos, muitos deles contendo segredos familiares, ela causará desconforto em seu meio social. Baseado no livro A Resposta, de Kathryn Stockett."

Nooossa! A atuação da Viola Davis e da Octavia Spencer são DI-VI-NAS. Sério! Foram até premiadas lá nos Isteitis EUA, respectivamente como melhor atriz e melhor atriz coadjuvante. No último caso com direito ao "The Oscar goes to..." e tudo!! Chic d+!

Eu também gosto muito da atriz que interpreta a escritora Skeeter, Emma Stone. E a Minny (Octavia Spencer) está hilária no papel da empregada insolente. Dei boas risadas.

O filme fala dos maus tratos aos negros, da luta pelos direitos civis, da busca pela superação feminina de uma forma suave, e como disse antes, chega a ser engraçado em certas cenas. Meio drama, meio comédia, que conta a história de uma sociedade lutando para se renovar. Nos faz refletir sobre a nossa sociedade e seus preconceitos. Nos faz chorar ao ver que tantos anos e genocídios depois ainda temos tanto racismo e preconceitos de todo tipo no mundo. Nos faz rir. Nos faz esquecer a cor da nossa pele e torcer para que no final aquelas branquelas recebam (o castigo) a resposta  que merecem.

Gosto de filminho assim, sabia?! De uma forma leve e sutil nos conta a história do Homem, sua evolução e, nesse caso, nos faz vestir a carapuça dos vilões de nós mesmos para que possamos seguir no caminho da tolerância, do amor ao próximo.

Ah! Esse mereceu ganhar 10 pipocas!!! Vai logo assistir, vai?!!



"Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas, graças a Deus,
Não somos mais quem nós éramos."
Martin Luther King

Importante!
Leu os primeiros parágrafos sobre o filme e ficou pensando: "De quem essa formiga louca está falando??  Conheço as atrizes mas não sei o nome de nenhuma! E eu nem vi o filme ainda!"

Iuhuuu! Você é das minhas!!! Vamos ao quem é quem??

Atrizes:
Emma Stone (Skeeter) - Na foto acima é a ruiva de cabelos cacheados, usando o vestido rosa claro. Achou?!
Viola Davis (Aibileen) - Ah! É a primeira vestida com uniforme de empregada doméstica na foto.
Octavia Spencer (Minny) - Ela arrasa! É a segunda vestida com uniforme de empregada doméstica.
Bryce Dallas Howard - Na foto está de vestido florido! É líder das patroas megeras.







segunda-feira, 9 de julho de 2012

Se chorei ou se sorri...

Healing (mending a heart)Shira Sela



Morrer...
Você tem medo desse momento?! Eu não tenho não. 

Tá bom, fico triste porque sei que as pessoas que ficarão por aqui sentirão minha falta, ficarão tristes (será?! rs*). 

Fato é que eu não tenho medo de partir.
Sei lá, arrogância ou não, sempre penso que faço o melhor que poderia naquele momento da minha vida.

Sim, as vezes bate frustração por pensar que poderia ter feito mais. Na verdade, me consolo na dádiva de não podermos voltar no tempo. Afinal, temos que seguir dali em diante, não tem jeito.

O que sinto mesmo é uma angústia enorme ao pensar que os outros vão morrer em algum momento e eu continuarei aqui... Isso sim é complicado.

Mas esse post não é para falar da morte "definitiva" dessa vida. É para falar das tantas vezes que morremos e continuamos respirando, pensando, vivendo...

Uma dessas é justamente quando alguém que amamos muito morre, sai desse mundo, vira  estrela, volta a ser espírito... Dá uma sensação que morremos também, né?!

Ah! E quando aquela amizade "verdadeira", "única", "eterna" se parte?! Noooossa! Como dói! Morremos um pouco.

Morremos também quando nos damos conta que mesmo vivos, nossos pais (ou um dos dois) morrem porque há muito tempo nos abandonaram. Essa perda pode nos levar a vida inteira de terapias, culpas, dores. Vida capenga. 

E quando aquele companheiro, que era seu amor "para a vida", "para sempre", "sem igual", "perfeito", "prioridade", "amigo" simplesmente se vai sem ponderações?! Que dor lancinante!

Morremos muitas vezes em nossas vidas, e sempre pelo mesmo motivo: por amor.

Por que amamos quem partiu, quem nos deixou. Porque contruímos uma história com essa pessoa, porque acreditamos, porque fizemos planos, porque ela fazia parte dos nossos dias, dos nossos sonhos, da nossa alma. Era nosso porto seguro, nosso cofre de segredos, nossa metade, nosso bem-querer.

E quando essa pessoa vai embora fica um buraco dentro da gente, um vazio em nossa vida, um futuro que não existe mais. Não com ela ao nosso lado. Não daquele jeito que acreditamos que seria.

Uma vez ouvi de uma pessoa que tinha "perdido" alguém na sua vida dizer: 
" Me sinto como se estivesse em um buraco exatamente do meu tamanho, onde não cabe ninguém comigo." 

Me identifiquei com essa explicação. 

É exatamente assim que me sinto quando alguém querido morre na minha vida. Não cabe mais ninguém. Estou só. Não adianta dividir, tentar explicar a outras pessoas ou querer que alguém ajude. A dor, a perda, o vazio... No buraco só cabe um. 

Eu já morri diversas vezes nessa mesma vida. Sou uma pessoa muito intensa. Gosto de me relacionar com as pessoas assim. Gosto de ser assim, mas sempre penso se não deveria ser diferente. Penso se sofreria menos. Será?!

Mas qual a graça de vivermos uma vida morna, sem amor, sem alegria, sem paixões, sem drama, sem acreditarmos nas pessoas?! Ah! prefiro me jogar, sentir, viver... Bem no estilo: "Se chorei ou se sorri...O importante é que emoções eu vivi!!!"

Tá, concordo que não precisamos de tanta dose de drama, vai. Durante a dor, precisamos mesmo é viver o luto, vestir o preto dos pés a cabeça (ou o branco dependendo da sua crença!), entrar na nossa concha, nos nossos pensamentos mais profundos, nos desejos mais íntimos, no nosso eu verdadeiro. 

E depois, com terapia ou não vamos nos reerguendo, vestindo rosa - azul - colorido, colocando o sorriso no rosto e a força para fora. Vamos recomeçando. Talvez um pouco diferentes do que éramos antes, é verdade, mas melhores (espero!) e prontos para pegarmos as rédeas de nossas vidas novamente e nos dedicarmos àqueles que ainda estão por perto para o que der e vier, ou para encontrarmos outras pessoas, outros amores sejam eles de qualquer forma...

Por enquanto estou vestindo um pretinho básico e estou na concha...

As cores que me aguardem!


"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
Mário Quintana 

Beijocas
Outra F.