terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quem canta, seus males espanta!




Sabia que eu canto?!

Pois é, lá na empresa que trabalho formaram um coral há cinco anos atrás.

Um dia, logo no início da criação do coro, fui com um colega de trabalho assistir a um ensaio. Sem pretensões. Só queria ver como era.

Bobinha, não sabia ainda o poder da música e naquele dia mesmo me apaixonei. Foi amor à primeira vista.

E para minha segunda surpresa, fui recebida com o mesmo amor por eles.

Desde então ensaio com o grupo todas as semanas e frequentemente nos apresentamos. São anos de amizade, companheirismo, lágrimas de emoção a cada espetáculo e de tristeza quando alguém deixa o coro. Formamos uma grande família. Ah! E com tudo que uma família tem direito: brigas, abraços, discussões, emoções, mãos estendidas, palavras duras ou de conforto e muito aprendizado. Tudo misturado.
Durante esse tempo fiz amigos maravilhosos!

Fiquei um tempinho afastada do coral, por motivos diversos, mas voltei no início desse ano.

Há duas semanas atrás participei do quarto encontro de corais da empresa em Campinas. Nesse evento reunimos os corais da empresa que estão espalhados por todo o Brasil. Já tivemos um encontro em Curitiba, Salvador, Vitória, Brasília e Macaé.

Nesses encontros sempre cantamos em três lugares diferentes da cidade, incluindo uma grande apresentação no teatro da cidade.

E vou confessar que na apresentação que fizemos no Teatro Municipal de Paulínia, eu chorei. É tanta energia boa, tanta emoção ver aquele público te aplaudir de pé.

Eram 700 vozes, e euzinha lá no meio, quase uma formiga na multidão, mas tem momentos que parece que estão olhando só para você, aplaudindo só você. É lindo demais!

Ontem participei de mais uma belíssima apresentação no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Caramba! Quando eu poderia sequer imaginar que um dia cantaria nesse lugar de requintada beleza? E essa foi a segunda vez que cantei naquele palco. Consegue imaginar?!

Agora inclua nesse cenário a presença, na platéia, de pessoas muito queridas: família e amigos. Foi sensacional!

As vezes fico pensando e percebo como sou privilegiada por ter a música na minha vida.

Conheci pessoas surpreendentes e cidades lindas.

Cantei em lugares tão diversos e com públicos variados. Desde suntuosos teatros municipais, passando por shoppings cheios, parques, praças, catedrais, auditórios e capelinhas.

Vi rostos sisudos se abrirem em sorrisos e lágrimas. Vi gente de todo tipo, cultura, nível social aplaudir de pé nosso canto.

Recebi abraços calorosos de senhorinhas e crianças que nunca vi antes, mas que naquele momento pareciam da minha família.

A música transforma, alimenta a alma, mexe com os sentidos, exercita a mente, cura as feridas, faz amigos, transporta para outros lugares, outros mundos.

A música ensina a amar, a conviver, a lidar com obstáculos, a superar seus limites.

E é só por isso tudo que amo cantar!


 
"Viver!
E não ter a vergonha
de ser feliz.
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz..."

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Hoje!!!


Noooossa! Li essa mensagem um dia desses e fiquei pa-ra-li-sa-da!

Daqui a um ano eu vou desejar ter começado HOJE!!!

Rapidamente minha mente foi lá no seu depósito de memórias & pensamentos e resgatou os sonhos, os planos, projetos e os desejos que estavam num dos caixotes que ficam na ala reservada para o futuro. Começou a vasculhar e tentar separar tudo aquilo que deveria acontecer daqui a um ano. E pra minha surpresa, tudo que estava naquele caixote entrou nessa seleção. Tudo bem, pensei. Não entre em pânico. Mas entrei.

Como faço para começar HOJE todos esses projetos? Esse não dá, aquele também não... Carambola!
Lembra daquele outro post sobre o dia ter 24h, e termos metade dele reservado só para a labuta e obrigações gerais?! Pois é, continuei pa-ra-li-sa-da!

Recapitulando: tenho que começar HOJE tudo aquilo que gostaria de realizar no próximo ano?! Respirei fundo. Continuei meu dia. E essa frase toda hora voltava para me tirar o sossego.

Então lembrei de mais outros tantos pensamentos que conversei com vocês no outro post.
Saí do pânico! (Eu acho!)

No final das contas, tirando o peso de arrependimento e culpa dessa fase, ela fica bem mais leve, não acha?!

A questão é justamente não paralisarmos, ou ficarmos esperando esse futuro que não chega nunca. Temos que começar HOJE a realizarmos nossos desejos, planos, sonhos... O amanhã não existe. O amanhã será o nosso HOJE, sempre.

A vida da gente muda do dia pra noite ou em segundos, mas temos que planejar, realizar, começar HOJE...

Ok! Tenho consciência disso, o que já é metade do caminho feito. Mas continuo inquieta diante desse pensamento. Acho que ele despertou em mim algo que me pa-ra-li-sa!

Visualiza uma pessoa caótica, ansiosa, com sede de planejamento e organização. Pois é, como é possível tudo isso junto ao mesmo tempo num único ser?

Na verdade acho que a sede por ordem já é uma tentativa de controlar o caos e aquietar a ansiedade toda. Isso tem funcionado, em certa medida, no dia a dia. Mas para me programar para o futuro?! Ixi!!! Não consigo.

Prestatenção!! Eu preciso entrar de férias. Meu corpo e minha mente estão esgotados. Sim, eu realmente preciso dessas férias. Mas tenho adiado a dois meses, pelo simples fato de não conseguir me planejar para curti-las como merecido. Ah! E não quero ficar olhando para o teto durante 30 dias, concorda?! Quero fazer mil coisas. Tenho muitos planos e outros tantos desejos, mas...
E para planejamentos profissionais ou pessoais em geral? Pânico!

Sempre tenho a sensação que não adianta organizar, planejar, programar essas coisas. A vida sempre vem como um Tsunami e destrói tudo num segundo. Depois nos desvia para outro caminho.

Não, esse texto não terá uma conclusão surpreendente ou que mude a sua, a minha, as nossas vidas.


Talvez seja um chamado dos céus?! Talvez seja apenas o despertar para uma dificuldade que sempre esteve aqui, parte de mim?! Talvez tantas coisas...

Só sei que essa frase continua ecoando aqui dentro. Daqui a um ano... Começar HOJE...

Quanto pouco tempo para tanta coisa!!








quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Passos de formiga e Carpe Diem!





A vida da gente é tão corrida, não é mesmo?!

O dia tem só vinte e quatro horas e a gente tem 1.000 (e duas) coisas para fazer:

Trabalhar, beber 2L de água por dia, família, contas para administrar, amigos, casa para cuidar, namoros, buscar o equilíbrio interior, casamento, se alimentar bem, ser mãe, estudar, marcar médico, ser pai, atividade física, religião, ser filho(a), ir ao médico, cursos extra curriculares, ser neto(a), exames, planejar o futuro, economizar, descansar, dormir bem por 6 ou 8 horas por noite, sonhar, voltar ao médico para análise dos exames, cuidar da aparência, ser uma super esposa/ marido, comprar itens indispensáveis e os supérfluos necessários, fazer trabalho voluntário, ler jornal para se atualizar de tudo, realizar seus sonhos, lidar com seus medos, ser alguém na vida... E no final das contas ainda tem que ter tempo para ser gente como a gente...

Como não surtar ou ficar paralisada diante de tanta coisa, de tanta expectativa?!!! (Haja terapia!!)

Fato é que precisamos priorizar algumas coisas e nos conformar que outras ficarão para o dia, mês, ano ou vida seguinte... Não deu, tudo bem! Nada de culpa. Culpa engorda!

O mundo nos cobra tanto que acabamos em meio a tantas frustrações por não sermos a Mulher Maravilha ou o Super Homem do mundo moderno, que ficamos perdidos e não enxergamos todo o monte de coisas que conquistamos ou o que ainda podemos conquistar.

O importante é colocarmos os pés no chão, analisarmos as conquistas e derrotas, e percebermos que estamos dando o melhor de nós mesmos.

Ah! Não está?! Então o que falta? Pensa no que te deixa mais insatisfeita(o) no momento e que só depende de você, e vá em frente. (Fácil falar!!!)

Um emprego novo ou melhor? Começar aquela dieta? Mudar sua carreira? Deixar aquela relação no passado ou investir em uma para o futuro? Começar a beber mais água? Realizar um sonho?

Não, eu não li nenhum livro de auto ajuda e nem vou recomendá-lo para você. Talvez seja um pouco clichê esse assunto, mas eu tenho pensado muito nisso. (Crise existencial?!)

São tantas frustrações, que esquecemos nossa história e o quanto batalhamos para chegar até aqui. Nos perdemos numa montanha de cobranças e medos que não conseguimos dar os passos necessários para continuarmos nossa jornada.

Precisamos renovar, transformar nossas vidas. Precisamos RECOMEÇAR!!!

E não adianta esperar que caia do céu e nem jogar na megasena acumulada. Temos que sair da inércia e RECOMEÇAR!!! O primeiro passo talvez seja difícil, mas temos que começar de algum lugar, não é?!

Eu decidi recomeçar.
Decidi mudar alguns pequenos hábitos e dar os primeiros passos para sair da inércia.

Estou bebendo mais água, enviando muitos currículos por aí, melhorando minha alimentação, tentando encontrar um jeito de realizar um ou dois sonhos, tentando organizar minhas férias e na semana que vem começo na academia (parte árdua!!!).

Ainda tenho uma lista de outras coisas que preciso REcomeçar, mas nada de desespero ou culpa. (Engorda, lembra?!)

Calma! O dia só tem 24 horas e nós ainda temos as obrigações diárias para cumprirmos a tempo de uma boa noite de sono.

Meu primeiro passo já foi dado.

Bom recomeço para você também e colha o seu dia! Carpe Diem!


SAKURA (Flor de Cerejeira) simboliza o amor, a felicidade, a RENOVAÇÃO e a esperança.


Beijos
Outra F.


"...Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas..."




terça-feira, 31 de julho de 2012

Cineminha e lembranças...

Você se lembra a primeira vez que foi ao cinema?! Você nunca tinha pensado nisso?!
Eu também não, até vivenciar a primeira vez que meu sobrinho FormigO M., de quatro aninhos, foi ao cinema.

Eu não me recordo da primeira vez, mas tenho algumas lembranças de quando fui ao cinema assistir "O Rei Leão". Nossa! Lembro que fiquei maravilhada!
Era tão lindo! Uma animação com um colorido tão intenso, com uma trilha sonora gostosa, e os traços na tela?? E depois assisti zilhões de vezes em casa. Ainda mais porque minha irmãzinha (Formiga R.) adorava e assistia tantas e tantas vezes. Ao final do filme, a gente rebobinava a fita (Sim, era VHS! rs*) e ela assistia de novo, e de novo! Ela chegou ao ponto de acompanhar o filme repetindo simultaneamente os diálogos.

E minha afilhada querida (Formiga B.) adorava o desenho "Renato e BEanca".
Era assim que ela chamava o filme dos ratinhos "Bernardo e Bianca". hahaha

Crianças são uma delicinha mesmo, né?! 

Ah! E eu não fui diferente não. Eu era apaixonada pelo "A Lagoa Azul", por "Rogger Rabbit"... Assistia, rebobinava, assistia, rebobinava... Ah! Era bom demais! rs*

Agora pense! Na minha infância a gente rebobinava fita VHS, os cinemas eram pequenos, com poltronas vermelhas de courinho e sem muita inclinação. O amiguinho da frente atrapalhava a gente se levantasse, ou se fosse grandão.

Hoje, existem trocentas salas de cinema espalhadas pela cidade, para todos os gostos. Com tecnologias de ponta ou master conforto. Entre o público e a tela, as interferências são poucas ou quase nenhuma. Assistimos aos filmes de óculos especiais que supostamente nos transportam para dentro do filme.

Meu pimpolho sobrinho FormigO M. foi pela primeira  vez ao cinema e já assistiu em 3D, pode?! Ele ficou hipnotizado e assistiu tudo quietinho com sua pipoca.

Assistimos ao filme "A Era Gelo 4".

O novo filme da turma gelada traz o tema do efeito estufa e o degelo como pano de fundo para ilustrar uma série de acontecimentos. O faminto esquilo Scratch provoca a separação dos continentes devido a sua fixação pela noz, que insiste em se afastar dele tornando-se quase uma maldição. Agora, os amigos Manny, Diego e Sid estão à deriva em alto mar e usando icebergs como embarcações. Enquanto isso, Sid reencontra sua mal-humorada avó, e deve lutar contra terríveis piratas, determinados a impedir que o grupo encontre o caminho de casa.


Não, esse post não é um Keep calm and watch a movie, mas (bem que poderia, né?!) achei legal compartilhar a sinopse já que falei do filme.

Eu a-do-ro animação, e você?!  Bom, esse é um filme muito bacana, com piadas de bom gosto e sutis lições do tipo: não mude quem você é só para agradar os outros, não deixe um amigo para trás (essa não foi tão sutil! rs*), tenha paciência com os mais velhos, entre outras.

Então, quando e como foi a sua primeira vez no cinema?? O mundo muda, não é mesmo?!
Que bom!

Beijos
Outra F.

P.S. A pedidos da minha ilustre seguidora e irmã Formiga R. seguem as pipoquinhas.
E como eu concordo com ela (vide comentário), serão 10 pipoquinhas.





segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um dia desses...


Me diz, o que você mais vê a formiga fazer??? Carregar comidinhas nas costas, pra lá e pra cá...
Ah! E nunca estão sós, não é mesmo?!

Bom, eu sou assim. Minha família é assim. Adoramos comer e estarmos reunidos. De preferência as duas coisas ao mesmo tempo... rs*

Sim, sim... Nós adoramos viver em bolinhos, sempre juntinhos... É bom, né?!

Um dia desses nos reunimos e fizemos um "Comes & Bebes"! Queijos, pães, azeitonas, cerejas e vinhos gostosinhos. E o toque especial: muito bate-papo e risos soltos...



Foi uma noite agradável e feliz!

E assim, com uma família dessas, a gente nunca se sente só. 

http://onevelvetmorning.wordpress.com
http://onevelvetmorning.wordpress.com



Beijocas,
Outra F.


 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Keep calm and watch... THE HELP!!!



Domingão já é um dia deprê que só ele, né?! Se ficar assistindo àqueles canais de sempre, corto os pulsos surto de vez!! 
Aí, aproveitei a companhia gostosa da minha super amiga Formiga V., e assistimos a um filme bacaninha. Aliás, sugestão da minha afilhada Formiga B.

A estrela da vez foi o The Help (versão em português: Histórias Cruzadas).

Vamos a sinopse formal do filme.




"Em Mississippi, nos anos 1960, Skeeter é uma jovem da alta sociedade que retorna da faculdade para casa determinada a se tornar escritora. Para seu livro, ela decide entrevistar babás e empregadas negras da vizinhança, começando por Aibileen, com quem desenvolve uma forte amizade, e depois com Minny, que acaba de ser demitida. À medida que avança nas entrevistas, Skeeter se dá conta das diferenças que a separam das mulheres negras. Ao publicar esses relatos, muitos deles contendo segredos familiares, ela causará desconforto em seu meio social. Baseado no livro A Resposta, de Kathryn Stockett."

Nooossa! A atuação da Viola Davis e da Octavia Spencer são DI-VI-NAS. Sério! Foram até premiadas lá nos Isteitis EUA, respectivamente como melhor atriz e melhor atriz coadjuvante. No último caso com direito ao "The Oscar goes to..." e tudo!! Chic d+!

Eu também gosto muito da atriz que interpreta a escritora Skeeter, Emma Stone. E a Minny (Octavia Spencer) está hilária no papel da empregada insolente. Dei boas risadas.

O filme fala dos maus tratos aos negros, da luta pelos direitos civis, da busca pela superação feminina de uma forma suave, e como disse antes, chega a ser engraçado em certas cenas. Meio drama, meio comédia, que conta a história de uma sociedade lutando para se renovar. Nos faz refletir sobre a nossa sociedade e seus preconceitos. Nos faz chorar ao ver que tantos anos e genocídios depois ainda temos tanto racismo e preconceitos de todo tipo no mundo. Nos faz rir. Nos faz esquecer a cor da nossa pele e torcer para que no final aquelas branquelas recebam (o castigo) a resposta  que merecem.

Gosto de filminho assim, sabia?! De uma forma leve e sutil nos conta a história do Homem, sua evolução e, nesse caso, nos faz vestir a carapuça dos vilões de nós mesmos para que possamos seguir no caminho da tolerância, do amor ao próximo.

Ah! Esse mereceu ganhar 10 pipocas!!! Vai logo assistir, vai?!!



"Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas, graças a Deus,
Não somos mais quem nós éramos."
Martin Luther King

Importante!
Leu os primeiros parágrafos sobre o filme e ficou pensando: "De quem essa formiga louca está falando??  Conheço as atrizes mas não sei o nome de nenhuma! E eu nem vi o filme ainda!"

Iuhuuu! Você é das minhas!!! Vamos ao quem é quem??

Atrizes:
Emma Stone (Skeeter) - Na foto acima é a ruiva de cabelos cacheados, usando o vestido rosa claro. Achou?!
Viola Davis (Aibileen) - Ah! É a primeira vestida com uniforme de empregada doméstica na foto.
Octavia Spencer (Minny) - Ela arrasa! É a segunda vestida com uniforme de empregada doméstica.
Bryce Dallas Howard - Na foto está de vestido florido! É líder das patroas megeras.







segunda-feira, 9 de julho de 2012

Se chorei ou se sorri...

Healing (mending a heart)Shira Sela



Morrer...
Você tem medo desse momento?! Eu não tenho não. 

Tá bom, fico triste porque sei que as pessoas que ficarão por aqui sentirão minha falta, ficarão tristes (será?! rs*). 

Fato é que eu não tenho medo de partir.
Sei lá, arrogância ou não, sempre penso que faço o melhor que poderia naquele momento da minha vida.

Sim, as vezes bate frustração por pensar que poderia ter feito mais. Na verdade, me consolo na dádiva de não podermos voltar no tempo. Afinal, temos que seguir dali em diante, não tem jeito.

O que sinto mesmo é uma angústia enorme ao pensar que os outros vão morrer em algum momento e eu continuarei aqui... Isso sim é complicado.

Mas esse post não é para falar da morte "definitiva" dessa vida. É para falar das tantas vezes que morremos e continuamos respirando, pensando, vivendo...

Uma dessas é justamente quando alguém que amamos muito morre, sai desse mundo, vira  estrela, volta a ser espírito... Dá uma sensação que morremos também, né?!

Ah! E quando aquela amizade "verdadeira", "única", "eterna" se parte?! Noooossa! Como dói! Morremos um pouco.

Morremos também quando nos damos conta que mesmo vivos, nossos pais (ou um dos dois) morrem porque há muito tempo nos abandonaram. Essa perda pode nos levar a vida inteira de terapias, culpas, dores. Vida capenga. 

E quando aquele companheiro, que era seu amor "para a vida", "para sempre", "sem igual", "perfeito", "prioridade", "amigo" simplesmente se vai sem ponderações?! Que dor lancinante!

Morremos muitas vezes em nossas vidas, e sempre pelo mesmo motivo: por amor.

Por que amamos quem partiu, quem nos deixou. Porque contruímos uma história com essa pessoa, porque acreditamos, porque fizemos planos, porque ela fazia parte dos nossos dias, dos nossos sonhos, da nossa alma. Era nosso porto seguro, nosso cofre de segredos, nossa metade, nosso bem-querer.

E quando essa pessoa vai embora fica um buraco dentro da gente, um vazio em nossa vida, um futuro que não existe mais. Não com ela ao nosso lado. Não daquele jeito que acreditamos que seria.

Uma vez ouvi de uma pessoa que tinha "perdido" alguém na sua vida dizer: 
" Me sinto como se estivesse em um buraco exatamente do meu tamanho, onde não cabe ninguém comigo." 

Me identifiquei com essa explicação. 

É exatamente assim que me sinto quando alguém querido morre na minha vida. Não cabe mais ninguém. Estou só. Não adianta dividir, tentar explicar a outras pessoas ou querer que alguém ajude. A dor, a perda, o vazio... No buraco só cabe um. 

Eu já morri diversas vezes nessa mesma vida. Sou uma pessoa muito intensa. Gosto de me relacionar com as pessoas assim. Gosto de ser assim, mas sempre penso se não deveria ser diferente. Penso se sofreria menos. Será?!

Mas qual a graça de vivermos uma vida morna, sem amor, sem alegria, sem paixões, sem drama, sem acreditarmos nas pessoas?! Ah! prefiro me jogar, sentir, viver... Bem no estilo: "Se chorei ou se sorri...O importante é que emoções eu vivi!!!"

Tá, concordo que não precisamos de tanta dose de drama, vai. Durante a dor, precisamos mesmo é viver o luto, vestir o preto dos pés a cabeça (ou o branco dependendo da sua crença!), entrar na nossa concha, nos nossos pensamentos mais profundos, nos desejos mais íntimos, no nosso eu verdadeiro. 

E depois, com terapia ou não vamos nos reerguendo, vestindo rosa - azul - colorido, colocando o sorriso no rosto e a força para fora. Vamos recomeçando. Talvez um pouco diferentes do que éramos antes, é verdade, mas melhores (espero!) e prontos para pegarmos as rédeas de nossas vidas novamente e nos dedicarmos àqueles que ainda estão por perto para o que der e vier, ou para encontrarmos outras pessoas, outros amores sejam eles de qualquer forma...

Por enquanto estou vestindo um pretinho básico e estou na concha...

As cores que me aguardem!


"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."
Mário Quintana 

Beijocas
Outra F.